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Família MICHALSKI



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Os Imigrantes.

STEFAN NICOLAU MICHALSKI, KATARZYNA MICHALSKA e ADAM WLADYSLAW MICHALSKI (Boleslaw), IMIGRANTES. Foto com mais de 110 anos. Acervo: Damon Pinheiro Michalski.




OS MESMOS STEFAN e ADAM já ADÃO MICHALSKI com Raul Magnus Michalski, neto de ADÃO no colo de STEFAN. Foto de 22/12/1948.




A) NO RIO DE JANEIRO.

A lista da página 209 do livro de registro da chegada de imigrantes na Hospedaria da Ilha das Flores no Rio de Janeiro foi por mim copiada e, salvo ter trocado ou confundido alguma letra ou caractere, é a que segue.

Imigrante nº. 52501 – Eduard MICHLSKI (54 anos)
Imigrante nº. 52502 – Katharina (44 anos)
Imigrante nº. 52503 – Kazimira (23 anos)
Imigrante nº. 52504 – Josepha (20 anos)
Imigrante nº. 52505 – Helena (13 anos)
Imigrante nº. 52506 – Gadurgo (10 anos)
Imigrante nº. 52507 – Boleslaw (9 anos)
Imigrante nº. 52508 – Ludivig (5 anos)
Imigrante nº. 52509 – Stefan (5 anos)
Imigrante nº. 52510 – Ignacy (3 anos)
Imigrante nº. 52511 – Marianna (1 ano)
Imigrante nº. 52512 – Ianina (seis meses)

A idade informada por ocasião da chegada é aproximada. Daqueles que não conhecemos a data de nascimento, através de uma pequena subtração pode se deduzir aproximadamente pelo menos o ano provável.

Como sabemos as datas de nascimento de Edward e Katarzyna, podemos afirmar que eles chegaram respectivamente com 55 e com 47 anos.

Notar que o imigrante nº. 52506-Gadurgo parece ser um nome masculino. Na lista de chegada em Porto Alegre veremos que constará como feminino.

Não foi encontrada anotação do óbito de Ludowik, gêmeo de Stefan, que descendentes presumem tenha acontecido durante a viagem.

B) EM PORTO ALEGRE.

A lista copiada do Códice 184 do Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul foi também copiada conforme abaixo e cita a chegada deles em 20/12/1890 em Porto Alegre. São citados como polacos. Todos os maiores de idade com instrução, sendo que os únicos casados são Edward e Katarzyna.

Imigrante nº. 16301 – Eduard MICHALSKY (54) (M) – é Edward Michalski
Imigrante nº. 16302 – Cattarina (44) (F) – é Katarzyna Michalska
Imigrante nº. 16303 – Cazemira (23) (F) – pode ter sido Carmem Michalski
Imigrante nº. 16304 – Josefa (20) (F) – pode ter sido Suzana Michalski
Imigrante nº. 16305 – Helena (13) (F) – parece que foi mesmo Helena Michalski
Imigrante nº. 16306 – Gaduwiga (10) (F) – é Maria Adelina Michalski
Imigrante nº. 16307 – Boleslaw (9) (M) – é Adão Michalski
Imigrante nº. 16308 – Ludwig (5) (M) – é Ludowik Michalski
Imigrante nº. 16309 – Stefan (5) (M) – é Stefan Nicolau Michalski
Imigrante nº. 16310 – Ignatz (3) (M) – desconhecido
Imigrante nº. 16311 – Marianna (1) (F) – desconhecido

O segundo parêntesis contempla o sexo dos imigrantes. Confrontando as duas listas, há pequenas variações na grafia dos nomes. As idades entre parêntesis nas duas listas são as mesmas.

Notar que o imigrante 16306–Gaduwiga agora é do sexo feminino, pois está indicado.

Ludowik aparece na lista chegando a Porto Alegre, razão pela qual permanece a dúvida se faleceu durante a viagem da Europa para o Brasil.

A imigrante Ianina (um ano) que aparece na lista do Rio de Janeiro não consta nesta de Porto Alegre.

Os imigrantes teriam se destinado ao local denominado Conceição do Arroio que hoje é a cidade de Osório. Não há sentido nesse registro, pois há fortes indícios de que conviveram em Porto Alegre logo que lá chegaram. Talvez fosse somente uma informação a ser colocada no livro por ocasião da saída da hospedaria.

CONSIDERAÇÕES SOBRE OS FILHOS DO CASAL Edward e Katarzyna:

Usei uma numeração de 1 até 10 e as letras A, B e C para indicar e comentar os filhos e seus nomes. Há muitos mistérios e inferências interessantes que praticamente vão ao encontro (a favor) dos nomes por nós conhecidos hoje.

Um fato que deve ser levado em consideração é que somente se conhece duas certidões de nascimento dos filhos. Uma de Adam Wladyslaw Michalski, em meu poder, e outra de Ludowik Josef Michalski, em poder de Damon Pinheiro Michalski.

Neste documento genealógico estou primando em colocar as listas dos filhos, não só dos imigrantes como dos demais descendentes também, sempre em ordem cronológica de nascimento.

Filho 1 – Kazimira Michalska – provável nascimento em 1867. Consta que Damon Michalski a conheceu pessoalmente. Não temos outras informações de convivência com contemporâneos em Porto Alegre. Uma possibilidade é que chegando ao Brasil com prováveis 23 anos tenha ido trabalhar na casa de alguém um ano depois em decorrência do óbito do pai e lá, por Kazimira ser um nome talvez difícil e desconhecido, tenham chamado de Carmem que conforme registro de batizado na Igreja do Menino Deus em Porto Alegre, RS, teve uma filha de nome Vitalina em 07/08/1892. Nesse batizado a grafia da mãe Carmem é MICHALSKA. Outro fato interessante é que o padrinho foi Antônio Pereira Prestes, pai do famoso Luiz Carlos Prestes, este nascido em Porto Alegre, anos depois, no dia 03/01/1898. Damon Michalski também comenta ter conhecido a Vitalina.

Filho 2 – Josepha Michalska – provável nascimento em 1870. Desconheço a existência e indícios de vida contemporânea com demais irmãos e pais no Brasil. Pode ter falecido logo após a chegada. Outra hipótese é ela ter sido chamada de Suzana MichalskA.

Filho 3 – Helena Michalska – provável nascimento em 1877. Consta que Damon Michalski a conheceu pessoalmente. Deve ter casado com Arlindo Froes e se transferido para o Rio de Janeiro. Não sabemos se alguma outra irmã ou irmão também foi para o Rio de Janeiro com ela ou com o casal. Damon Michalski conheceu um filho de Helena chamado Fernando que o visitou em Porto Alegre quando ele era pequeno. Há também a citação de Helena como madrinha de um batizado realizado na Igreja N.Sª.das Dores em Porto Alegre no livro de batismos nº. 11, pág. 91 v. “batizado de José no dia 26/04/1903, nascido em 02/04/1900, filho natural de Helena Kovalesky; foram padrinhos: Alfredo Daloia e Helena Michalska”.

Filho 4 – Maria Adelina MichalskA – Embora nas listas estejam os nomes Gadurgo/ Gaduviga com provável nascimento em 1880, é praticamente correto afirmar de que se trata da famosa tia Maria. Casou com João Carlos Pyhus. Moraram em Porto Alegre, RS e também tiveram grande descendência, porém parece que nenhum usou ou usa o nome Michalski. Em Julho de 2007 estive por quatro dias em Porto Alegre e fiz contatos com alguns descendentes contemporâneos. Obtive uma série de informações e dados de seus filhos e descendentes os quais iniciei a transcrição neste documento. Ainda faltam muitas outras informações as quais espero obter através de contatos futuros com outros primos. Também obtive as certidões de óbito do casal João Carlos Pyhus e Maria Adelina Pyhus em cartório de Porto Alegre. Na de óbito de Maria Adelina, consta que ela era filha de Eduardo Michalsky e Catarina Michalsky.

Um fato interessante me foi relatado por sua neta Dorilda Aristotelina Barbosa filha de Debra Márcia Pyhus. Debra comentou várias vezes que sua mãe Maria Adelina sempre falava que chegou ao Brasil com 10 anos de idade. Isso faz com que a provável data de nascimento seja em 1880, fazendo com que o registro de ter falecido com 86 anos que aparece na certidão de óbito tenha sido equivocado tendo ela falecido na realidade com 81 anos aproximadamente.

Ao encontro dessa informação fica praticamente constatado que o nome Gadurgo na lista dos chegados na Hospedaria da Ilha das Flores no Rio de Janeiro e o nome Gaduviga (Gadwiga), do sexo feminino, na lista dos chegados em Porto Alegre seja mesmo o “apelido” de Maria Adelina por ocasião de sua chegada. E a exemplo de Adam Wladyslaw Michalski que tem no verso de sua certidão escrito a mão “Boleslaw” e com esse “apelido” é que aparece nas duas listas de chegada é muito provável que “Gaduviga” se refira a Maria Adelina. A certidão de Ludowik Josef Michalski também possui manuscrito “Ludwik” no verso.

Não foi achada sua certidão de nascimento ocorrido na Polônia, então sob domínio russo ou prussiano ou austro-húngaro, para efetiva comprovação desse fato e também não há informação de naturalização brasileira dela, portanto não sabemos se seu nome é polaco ou brasileiro ou ambos. Talvez se a acharmos, poderemos confirmar, ou não, essas inferências.

Filho 5 – Adam Wladyslaw Michalski – meu avô que conheci; tenho a certidão de nascimento em russo; naturalizado brasileiro como Adão Michalski em 24/04/1945 pela Portaria nº 10.145. No verso da certidão aparece manuscrito a palavra “Boleslaw”. Pela idade quando chegou e pela seqüência dos nomes na lista, tenho certeza de que é ele. Por que foi anotado como Boleslaw e não como Adão eu não saberia dizer. Aliás, essa troca de nomes pode ter acontecido com outros imigrantes da lista, o que provoca mistérios e muitas dúvidas.

Filho 6 – Ludowik Josef Michalski – gêmeo de Stefan, parece que faleceu durante a viagem, embora não há registro desse fato nas listas. Damon Michalski possui o original da certidão de nascimento, em russo onde no verso aparece manuscrito a palavra “Ludwik”.

Filho 7 – Stefan Nicolau Michalski – gêmeo de Ludowik – meu tio-avô que conheci. Não foi encontrada até agora sua certidão de nascimento. A data de nascimento do Stefan é a mesma do Ludowik, seu irmão gêmeo. Naturalizou-se brasileiro em 26/08/1935, provavelmente com o mesmo nome de nascimento e deixou uma enorme descendência.

Filho 8 – Ignacy Michalski – provável nascimento em 1887. Tomei conhecimento deste nome na relação de imigrantes acima citada. Desconheço a existência e indícios de vida contemporânea com demais irmãos e pais no Brasil. Pode ter havido troca de nome por ocasião do registro na chegada. Suspeita pessoal: creio que ele seria o Pelágio Michalski, abaixo citado.

Filho 9 – Marianna Michalska – provável nascimento em 1889. Tomei conhecimento deste nome na relação de imigrantes acima citada. Desconheço a existência e indícios de vida contemporânea com demais irmãos e pais no Brasil. Pode ter havido troca de nome por ocasião do registro na chegada.

Filho 10 – Ianina Michalska – provável nascimento em 1889. Tomei conhecimento deste nome na relação de imigrantes acima citada. Desconheço a existência e indícios de vida contemporânea com demais irmãos e pais no Brasil. Pode ter havido troca de nome por ocasião do registro na chegada.

Outros prováveis nomes que não aparecem na lista de imigrantes da Hospedaria da Ilha das Flores nem na de chegada em Porto Alegre.

Filho A – Theodoro Michalski – Nome obtido da certidão de óbito de Katarzyna Michalska como sendo seus filhos, sem confirmação da grafia do nome. Possuo essa certidão e o óbito foi registrado em 1911 pelo seu filho Adão, meu avô. Lá ele declarou que a falecida era sua mãe e que deixou 6 filhos: ele, Stefan, Maria, Helena, Theodoro e Pelágio.

Filho B – Pelágio (Pelagjusz) Michalski – Nome obtido da certidão de óbito de Katarzyna Michalska como sendo um de seus filhos, sem confirmação da grafia do nome. Possuo essa certidão e o óbito foi registrado em 1911 pelo seu filho Adão, meu avô. Lá ele declarou que a falecida era sua mãe e que deixou 6 filhos: ele, Stefan, Maria, Helena, Theodoro e Pelágio. . Suspeita pessoal: creio que ele seria o Ignacy Michalski, acima citado.

Filho C – Suzana Michalska – aparece no Livro de Batismos no. 11 pág. 15 da Igreja Nossa Senhora das Dores em Porto Alegre: batizado de Fernando no dia 16/dez/1900, nascido a 06/dez/1900, filho "natural" de Susana Michalska, avós paternos: Eduardo Michalski e Catharina Michalska foram padrinhos: Estevão Nicolau Michalski e Ermínia Roda.

Há também alguns mistérios, pois pelo registro do batizado acima, Suzana poderia ser também casada com um filho de Edward/Katarzyna, (qual?) e não filha deles, pois pelo nome MichalskA (variante A no final do nome) seu casamento (ou nascimento) deve ter ocorrido na Polônia e não no Brasil.

Por outro lado naquela época (em torno de 1900), "filho natural de fulana" queria dizer que o pai era desconhecido ou não declarado; e "filho legítimo de fulana e fulano" significava pais conhecidos e declarados. No caso Edward/Katarzyna são citados como avós paternos, o que também pode ser decorrente de “filho natural”. Seriam avós maternos e citados como paternos.
Outro detalhe é o nome da criança, Fernando, pois Helena Michalska também teve um filho Fernando. Pode ser o mesmo ou não. O padrinho Estevão com certeza é Stefan Nicolau Michalski.

Por outro lado, Suzana também poderia ser Josepha (filha nº. 2 acima).

Filho D – Natasha (Anakstazia)? Michalska –Desconheço a existência e indícios de vida contemporânea com demais irmãos e pais no Brasil. Pode ter falecido logo após a chegada. A informação do nome dela veio de Helga Michalski que antes de confirmar, também havia mencionado o nome de Kazimira e de Josepha.

Em relação à Katarzyna Michalska, obtive a certidão de óbito no cartório o qual foi registrado pelo filho Adão e naquela data, 07/05/1911, constam seus filhos, além do Adão, Stefan, Helena, Maria, Theodoro e Pelagio. Fica a pergunta: será que os demais haviam falecido até 1911?

Acredito que não. Sabemos somente que Ludwik, gêmeo de Stefan faleceu durante a viagem para o Brasil. Isso também leva a uma suspeita de que Suzana era nora, e não filha de Katarzyna. Mas casada com quem, se for esse o caso?